sábado, 10 de março de 2007

Sorte

Existem pessoas que não têm sorte no amor, outras não têm sorte na loteria, sempre pegam ônibus lotado e acebolado, acabam se molhando bem no dia em que levaram uma hora pra fazer a chapinha, etcetera, etcetera...

Já eu acabo de descobrir que não tenho sorte com agulhas.

Eu não tinha medo de agulhas, sabe. Na verdade, eu era uma grande fã de agulhas, achava gostoso tirar sangue, adorava ver o sangue jorrando nos tubinhos, sentia orgulho de minha coragem frente a elas. Até o fatídico dia em que, depois de muito insistir com o meu pai, ele decidiu me levar para tomar a vacina contra tétano(a famosa vacina dos quinze anos). Acabei tomando também a de hepatite e voltei pra casa com a manga direita da camiseta encharcada de sangue e, consequentemente, totalmente traumatizada. Meu braço ficou roxo por duas semanas. O mais estranho é que o braço que recebeu a de tétano, que é a que deveria doer, não doeu quase nada.

Hoje, já traumatizada, fui fazer um exame de sangue no laboratório Oswaldo Cruz(porque lá eles dão pão de queijo e suco, sabe). A mocinha disse que não ia doer nada e toda aquela baboseira que mandam elas falarem pra todo mundo e, bem, realmente não doeu praticamente nada. Ela pôs o curativinho e beleza. Voltei pra casa, normal. Assisti à TV, normal. Almocei, normal. Até que decidi levantar o curativinho para ver como estava a situação. Aí eu já comecei a suar, a ficar sem ar, meu corpo começou a coçar(eu não tenho reações de gente normal, do tipo desmaiar.)..e até agora não tive coragem de olhar pro meu braço novamente. Espero que esse coágulo de sangue enorme formado sob minha pele não fique aí por tanto tempo.

Moral da história: nunca acredite nas mocinhas do laboratório, elas foram instruídas a mentir!
Ou então: Nunca olhe por baixo do curativo, você pode acabar descobrindo coisas que preferiria não ter descoberto. (Olha!! Essa pode ser uma analogia para os problemas da vida...)

Ouvindo: No buses - Arctic Monkeys

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