quarta-feira, 21 de março de 2007

Meu pai me dá nos nervos. De vez em quando eu sinto uma vontade incontrolável de educá-lo. Ele não fala as palavras mágicas("Me desculpe", "Por favor" e "Obrigado"), mastiga desesperadamente de boca aberta, como se o mundo fosse acabar antes que ele pudesse terminar sua refeição, joga lixo na rua pela janela do carro, não lava as mãos antes de comer, não escuta o que os outros têm a dizer, não usa o guardanapo, enfim, parece uma criança implorando para ser eduacada. Não sei o que seria de nós se não fosse a mamãe. ( mas eu ainda o amo, apesar dos apesares)

Talvez seja apenas a TPM, mas isso não me impede de pensar que, se o meu pai, que foi concebido lá pelos anos 50, não tem educação o suficiente para passar a seus descendentes, o que será da futura geração, já que, hoje em dia, os pais estão produzindo ranhentinhos cada vez mais cedo??!! O que um moleque de 13 anos vai ensinar a uma criança, se não tem maturidade o suficiente nem para cuidar de si mesmo??!! Fazer é fácil, né, mas fazer um indivíduo crescer nas condições em que o mundo se encontra ultimamente é praticamente uma missão impossível!! (é, a TPM tem esse poder de deixar as pessoas revoltadas...)

Porém, apesar de tudo, ainda tenho esperanças de que o instinto paterno adquirido ao dar vida a um bebê seja o suficiente para criar pessoas decentes. Afinal, de que adianta receber toda a educação do mundo, mas nada de amor? Porque, como já diziam as Meninas Super Poderosas, "o amor faz o mundo andar". (que post mais sem sentido, mas enfim...)

Ouvindo: a mamãe assistindo novela

Um comentário:

Anônimo disse...

Uha \o/! Você blogou!
Tem uma música do Chico Buarque, olha:

O Meu Guri
Chico Buarque/1981

Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri

Você falou do livro lá que você leu, eu li um que não fala do futuro, mas do passado dos humanos. Ele fala que os povos, conforme evoluem, trocam de "mundo". Tem o primitivo, o infeliz e o feliz. Como alguns no "nosso antigo mundo" evoluíram e outros não, nós, humanos, que não evoluímos, fomos mandados para se exilar na Terra. Ela fala até o nome do lugar de onde a gente veio, que seria a constelação de Capela.
Beijos²!
Ouvindo: o barulinho do ventiladorzinho do computador. Acho que vou trocar esse ventilador, tá muito barulhento ;D